Esta é uma explanação baseada na análise astrológica do momento, mas sem falar concretamente dos elementos astrológicos envolvidos, pois para a maioria das pessoas leigas em astrologia, não faz qualquer sentido misturar os elementos astrológicos com os significados que eles no momento nos podem proporcionar. O importante é passar a mensagem essencial que transparece neste momento marcante da nossa evolução.

Para lá das leituras que vamos fazendo dos momentos astrológicos que nos indicam uma determinada direção, é importante tentar percecionar o que vai acontecendo nas diversas áreas de atividade e no nosso quotidiano e que nos permitem antever o caminho que vamos percorrer até atingirmos o equilíbrio, a justiça e o bem estar social e individual para toda a humanidade.

Nos círculos espirituais e astrológicos o período que estamos a viver, já há muito que está referenciado. Esta transformação porque estamos a passar em termos evolutivos, já vem acontecendo subtilmente há muito tempo, servindo de preparação para o que agora observamos de uma forma mais veemente. Fazer antevisões de curto e médio prazo será sempre perspetivar situações mais ou menos impactantes que fazem parte de um projeto global de longo prazo da evolução da humanidade.

As transformações não são lineares. Quando se propõe uma mudança, múltiplos interesses são envolvidos, há forças maiores e menores, há quem tenha poder para transformar e quem se resigne a aceitar. Isso faz parte da natureza humana e das sociedades, sempre assim foi. Quando uma iminente mudança se avizinha, há forças que se movimentam no sentido de marcar posição para tirar mais vantagem do novo, da “nova realidade”, e se possível aumentar o seu poder sobre o coletivo, história da humanidade está repleta dessas situações desde há milhares de anos. Cria-se o conflito, gera-se o caos, instala-se o medo e apresenta-se a solução. O caminho fica assim aberto para a transformação que beneficia sempre uma pequena parte, uma ínfima parte do coletivo humano. Se não, veja-se o que se evoluiu em matéria de direitos humanos, realmente os direitos estão universalmente assentes, mas na prática muito pouco foi feito, pairando sempre a ilusão que se está a fazer algo e mais não se faz porque não é possível, a verdade é que mais não se faz porque não se quer fazer.

A presente mudança não foge à regra, até atingirmos o almejado equilíbrio evolutivo um duro caminho há a percorrer, onde os diversos interesses se irão digladiar e tentar dominar. A nossa postura perante o que está a acontecer é que irá determinar se vamos fazer parte da mudança ou ser vítimas dela.

Apesar de falarmos de uma nova Era, de uma mudança evolutiva que levará ainda milhares de anos, esta pequena mudança que estamos a começar a viver, é apenas o início, uma pequena parte de um todo ainda por nós, inimaginável.

Desta vez será muito diferente, porque muitos mais estão despertos, muitos mais já não aceitam vestir o uniforme, pegar numa arma e ir defender causas alheias, ideias utópicas, trevosas e mascaradas por ideais de defesa territoriais e de domínio sobre os outros. Muitos já não aceitam dar o peito às balas, muitos já não aceitam prescindir da sua liberdade e das suas liberdades que sempre foram bandeira, mas nunca foram uma realidade defendida pelo poder, seja ele de que fação for. Para o “Poder” não interessa se é de esquerda ou de direita desde que o poder e o domínio sejam exercidos.

Não é preciso ser sociólogo para perceber o que se tem passado com a sociedade, cada vez mais envolvida pela indústria do entretenimento e dos mídea em geral, nas redes sociais e afins, principalmente desde o fim da segunda guerra mundial. Até aí a ignorância coletiva era o próprio fator de distração pela dificuldade de comunicação e informação existentes.

Entreter distrai, enquanto estamos distraídos deixamos de dar atenção ao que é verdadeiramente importante e acreditamos numa realidade que vem misturada com esse mesmo entretenimento. O que nos é dado é pura distração, ridícula, infantil e igual à que nos era servida nos primeiros anos de infância, brincadeiras de adultos para adultos, concursos, séries, filmes consumidos até à exaustão e que levam à destruição total da capacidade criativa e da consciência humana.

É com um coletivo distraído e entretido que sempre acontecem as propostas de mudança e que subjugam esse mesmo coletivo que ilusoriamente vai aceitando ficar nessa condição a troco de algumas, poucas benesses que quase sempre utilizam ilusoriamente a escalada social, o ego e o medo, como ponto de referência. Tudo é feito pelo progresso e bem comum, pelo maior lucro e ascensão fácil, tudo “cenouras” que o ego, o consumismo e o materialismo perseguem cegamente.

Só conseguimos manipular eficazmente uma marioneta se soubermos realmente como ela se deixa manipular. Tem de existir, da parte de quem manipula, um profundo conhecimento sobre as características dessa mesma marioneta e treinar a manipulação para que ela se comporte o mais possível como um ser humano, mesmo não o sendo ela conseguirá sempre criar essa ilusão.

Estamos perante uma época de evolução tecnológica nunca vista. Nos próximos 5 anos surgirão mais inovações tecnológicas do que nos últimos 2000 anos da história da humanidade. Será com base nessa evolução que se irão sustentar todas as mudanças socioeconómicas. Vamos observar transformações profundas nas formas de comunicar, de trabalhar e de nos relacionarmos. Há coisas do passado que não podem continuar, profissões, atividades, mentalidades, políticas, etc. Com isso muita gente sentirá o chão a fugir de baixo dos pés. São coisas da Era de Peixes que manifestam uma energia que já não sintoniza a transformação pedida por Aquário.

As novas emanações energéticas cada vez mais disponíveis no planeta, resultantes da abertura de novos portais energéticos, trarão como consequência gradual, a separação do trigo do joio. Elas serão o crivo que permitirá aferir quem fica e quem vai fazer parte deste processo evolutivo.

A terra evolui juntamente com os seus habitantes, a egrégora energética é global, é universal, não sendo possível fazer uma separação. São os humanos que sempre geraram e continuam a gerar todos os desequilíbrios, são eles que terão por isso, através da sublimação da energia emanada dos seus pensamentos, das suas emoções, dos seus valores, da sua tomada de consciência relativamente a um todo, que contribuirão para a transição planetária em curso, ao mesmo tempo que a própria Terra também poderá utilizará os seus recursos naturais para promover o equilíbrio necessário.

Não se trata de uma seleção de seres perfeitos, moral, ética e espiritualmente evoluídos, não é isso, trata-se sim de uma seleção natural daqueles que ainda tenham possibilidade e vontade pelo seu livre arbítrio de evoluir, aceitando mudar os seus hábitos, os seus vícios, as suas crenças, focando-se no seu aperfeiçoamento como seres humanos.

As novas fontes de energia subtil que nos estão a ser disponibilizadas, interagem intimamente com o nosso ADN, com a nossa atitude, com as nossas capacidades e com a nossa consciência, cabe-nos a nós ajustarmo-nos a essas frequências para que possamos continuar a viver fluentemente e em harmonia no nosso planeta. Para os mais conscientes e espiritualmente despertos, esta é uma realidade, mas para a esmagadora maioria, ou ignora completamente ou acredita que não passa de pura especulação ou teoria não comprovada.

Nem todos vão aceitar, nem todos vão conseguir fazer este ajuste energético, a maioria não vai conseguir fazê-lo. Esse ajuste não é feito com um simples rodar de botão, mas sim através da tomada de consciência da sua evolução como alma, como uma mónada pertencente a um todo maior. Para outros também não se trata de querer, mas sim de poder fazê-lo, devido ao estado ainda precoce do seu processo evolutivo, serão por isso conduzidos a outros locais energeticamente mais ajustados ao seu estado de evolução.

Não devemos esperar um fim, mas sim um princípio. A cada passo, a cada dificuldade, devemos sempre ver o princípio de algo e não esperar um fim no sentido de voltar ao passado.

Estamos num período de aceleração. Durante pelo menos 4 ou 5 anos, os conflitos serão uma constante a todos os níveis, conflitos internos que nascem dentro de cada um, pela inadaptação, revolta e não aceitação e que se poderão manifestar exteriormente das mais diversas formas, violência, contestação, depressão, ansiedade, medo, etc. O grande desafio será sempre dentro de cada um e da forma como irá viver esta transformação que lhe está a ser pedida.

A grande questão espiritual sempre foi o ser humano aceitar o que está para lá do visível, aceitar o que não pode controlar, o que não pode explicar, aceitar o que não é percetível pelos seus cinco sentidos. Este é o grande mistério da fé nunca explicado pelas religiões. Ter fé é acima de tudo acreditar e buscar a sabedoria que já existe em nós, o verdadeiro reino dos céus não está em olhar para cima, mas sim para dentro, é aí que deve residir a nossa crença, a nossa fé, acreditar nessa capacidade de evoluir pelas experiências e pelos desafios que nos são proporcionados com um objetivo mais elevado.

É importante fazermos o nosso trabalho espiritual, de confronto e pacificação connosco próprios, mas também é fundamental estudar, adquirir os conhecimentos transmitidos pelos grandes mestres e mentores espirituais, para que possamos ter uma consciência mais alargada da realidade que nos cerca. Esses conhecimentos que são imbuídos de pura sabedoria universal, permitem-nos ter sempre uma perspetiva mais abrangente, focada num objetivo maior e não em valores materialistas e do ego, eles trazem a capacidade de olhar o horizonte e não apenas para os próprios pés.

Mantermo-nos informados sim, mas ser muito seletivos nas fontes, uma seleção de informação que acaba por ser natural, pois com a tomada de consciência e a responsabilização evolutiva, o ser humano aprende intuindo, o que serve a prosperidade da humanidade e o que apenas a poderá adiar, pois a sua evolução é inevitável.

O Bem sempre se irá sobrepor ao mal ou ao que de menos bom possa existir, essa é a mensagem base da Era de Aquário, uma mensagem ditada pela inevitável transição planetária em vigor. O Bem terá também de se sobrepor ao mal dentro de cada um de nós para que possamos acompanhar esta transição em sintonia com este planeta que nos a colhe, para que possamos sentir em nós a mudança que nos é pedida, teremos sempre essa liberdade, pelo nosso livre arbítrio, de nos juntarmos a ela ou não.

Carlos Dionísio

28/12/2020