(Setembro de 2019). – Os sistemas económicos e políticos, pela primeira vez na história deste planeta, estão verdadeiramente a ser postos em causa. A crise e o colapso financeiro que se avizinha será o grande catalisador para a adoção de novos modelos económicos e políticos que aos pouco deixarão de estar ao serviço dos grandes grupos económicos e dos governos que os sustentam.

Em todos os momentos de mudança ao longo da história, houve sempre resistência na aceitação do “Novo”. Desta vez não foge à regra, mas a mudança é inevitável. Longe das notícias dos nossos jornais, que na sua maioria apenas têm a função distrair e não informar, estão a acontecer mudanças que terão um impacto enorme na vida dos cidadãos. A única questão que apenas se põe, é quem vai sobreviver e quem vai ser levado pela avalanche económica. Acredito que desta vez, a crise terá proporções ainda maiores do que a última crise de à uns anos atrás.

Todas as crises são seguidas de grandes fases de evolução da humanidade. O que está em questão não é apenas o lado económico e financeiro, é sim uma mudança de paradigma que tem a ver com a forma como passaremos a valorizar todos os aspetos da vida, entre eles o dinheiro. Faz sentido começar exatamente pelo setor financeiro, tratando-se de uma sociedade assente em valores materialistas e no poder que o dinheiro proporciona, uma mudança nessa área será extremamente impactante, mexendo e pondo em causa todas as áreas da vida.

Neste processo em curso, além da distribuição da riqueza, podemos contar também com a devolução do poder e da liberdade a cada ser humano. Não será a liberdade aparente que vivemos atualmente, atribuída pelo sistema que temos, mas sim a liberdade e o poder pessoal de cada um decidir verdadeiramente sobre a sua vida, com responsabilidade e consciência com respeito pelos outros e pela natureza. A liberdade traz sempre consigo uma grande cota de responsabilidade, muitos reclamam a liberdade, mas não se assumem como seres responsáveis, deixará de ser assim. Quem não se assumir sofrerá as consequências, pela insatisfação, pelo desânimo e desadequação social gradual. Aos poucos com depuração das velhas mentes haverá lugar a uma nova consciência que tomará conta dos lugares de decisão e que gradativamente promoverá as mudanças. Uma nova Era, uma nova raça humana embutida de princípios Universais e de uma consciência muito Para lá do Ego.

As gerações que vão transformar e assumir a liderança deste processo já estão a nascer, principalmente desde o ano 2000. Basta observarmos as crianças e os jovens que temos, como são diferentes e principalmente, como estão cada vez mais desfasados da realidade que lhes vamos incutindo, no ensino, na organização social e familiar, etc. Estes não vão moldar-se facilmente como as gerações anteriores, porque trazem consigo a necessidade e a capacidade de fazer a diferença.

As novas tecnologias serão de extrema importância na mudança no setor do trabalho. A internet foi o começo e mais se seguirá. A tendência sempre foi de substituir o trabalho humano pela automatização dos processos produtivos. Agora mais do que nunca, a robotização atingirá setores que nunca antes se imaginou, levando ao desaparecimento gradual de muitas profissões que hoje ocupam a maioria da população mundial, nomeadamente no setor financeiro e nos serviços. Tudo isto são processos graduais, mas que já estão a ser previstos e estudados.

A grande questão será; Como poderão viver as pessoas sem trabalho? Como poderá uma economia e uma sociedade ser sustentável com pessoas sem dinheiro e sem forma de adquirir bens, serviços e produtos? Esta será uma questão colocada e impossível de resolver pela visão economicista da realidade que temos, mas que será facilmente respondida quando os pilares da existência humana forem renovados. Quando estar encarnado nesta dimensão, neste planeta Terra, tiver um significado profundamente diferente. Quem vier não virá apenas para sobreviver, mas sim para viver integralmente o seu potencial como Seres únicos imbuídos de uma consciência Universal. Esta é a grande mudança já em curso, o verdadeiro objetivo.

Uma sociedade voltada para a felicidade e evolução do ser humano, irá aproveitar todos os recursos que as tecnologias proporcionarem para acabar com a necessidade de as pessoas trabalharem em tarefas rotineiras, em trabalhos que não lhes proporcionem satisfação e as condições para cumprir com o seu desígnio.

Viver, hoje em dia, é uma luta constante, aquilo que nos é exigido para sobreviver é tanto, que não nos resta mais tempo para percecionarmos o que realmente aqui viemos fazer. Ou quando começamos a ter uma ideia, já passou grande parte desta vida.

A distribuição de meios, a compensação justa pelo desempenho de cada um na sociedade, a autoconsciência, a honestidade, o amor incondicional, serão condições mais que suficientes para que a vida na Terra se mantenha e seja cada vez mais agradável. Desta forma, cada um terá o que precisa para fazer o que tem de ser feito e nada mais que isso, sem ambições desmedidas, sem acumulação de riqueza, sem ganância pelo o poder e pela subjugação do outro. Não podemos confundir esta ideia com conceitos de igualdade associados aos ideais socialistas do século XX. Haverá sempre diferenças entre os seres humanos, só que essas diferenças não serão provocadas por descriminação, por leis ou por falta de oportunidades, serão sim inerentes à capacidade e à condição de cada um, ao que cada um terá de viver em consciência.

Parece utópico, mas não é. Muitas coisas são consideradas utópicas apenas porque a consciência ainda não consegue alcançar. A mente humana, por paradoxal que possa parecer, é o grande obstáculo que enfrentamos neste processo evolutivo. Muito há a fazer e a ser vivido, muito sofrimento, muito desespero, muita resistência, mas ao mesmo tempo começarão a imergir novas realidades, novos valores, novas crenças que vão superar tudo aquilo que agora nos parece impossível de projetar.

O que fazer para não sofrer com a crise da mudança?

Penso que a única coisa que podemos e devemos fazer, é adquirir autoconhecimento e consciência. Sair da teia que envolve a grande maioria da população, que segue distraída, manipulada, conduzida, embutida de ideais que apenas servem interesses que não os seus. A prova disso é o “mar” de desânimo, de tristeza e infelicidade que observamos cada vez mais nas pessoas, nas relações, mesmo aquelas que aparentemente estão bem. Eu como cidadão, astrólogo e terapeuta, cada vez mais sou testemunha disso. Não tem a ver com  a condição económica de cada um, mas sim com a condição humana e com o que sentem, quase sempre sem encontrarem explicação para tal pois tudo se passa ao nível inconsciente. Cada vez mais iremos assistir a essas situações, pois a própria mudança que está a acontecer no campo energético da Terra e que acompanha todo este processo, provoca isso. Temos que adequar e elevar o nosso padrão energético, caso contrário sofreremos as consequências, dessa forma que diria subtil, mas sempre presente na vida de cada um.

Este é o preâmbulo da Era de Aquário.

Acredite quem puder e quiser, se não…. espere para ver.

Carlos Dionísio